O Governo Federal deu início, nesta segunda-feira (24), ao novo ciclo de entrevistas e fornecimento de orientações para os pescadores que buscam o Seguro-Defeso. Este benefício é pago durante os períodos de proibição da pesca, estabelecidos para garantir a preservação das espécies aquáticas. A fase inicial do novo processo está ocorrendo nos estados do Piauí, Amazonas e Bahia. No Maranhão, o atendimento presencial terá início oficial a partir do dia 1º de dezembro.
A alteração implementada integra o processo de transição do Seguro-Defeso, que antes era administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e agora teve a análise dos processos transferida para o Ministério do Trabalho e Emprego em novembro. O objetivo central dessa mudança é conferir maior agilidade, intensificar o controle e aprimorar a verificação da efetiva atividade pesqueira.
Para a execução desta tarefa, o governo contratou bolsistas por intermédio da Fundacentro, que atuarão diretamente nas comunidades até o mês de março de 2026.
As equipes de trabalho serão responsáveis por confirmar informações cruciais, como os dados de residência, a área de atuação e os documentos que atestam o exercício da atividade pesqueira. Além disso, fornecerão orientações aos pescadores e pescadoras sobre as novas exigências para a concessão do Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal. Quando o beneficiário é selecionado pelo sistema, a sua presença na entrevista torna-se obrigatória para que o pedido possa ser validado.
No estado do Maranhão, o trabalho de atendimento será realizado nas sedes de colônias, sindicatos e associações de pescadores. É esperada uma demanda significativa, visto que o Maranhão detém uma das maiores populações de pescadores artesanais do país e concentra diferentes períodos de defeso que se estendem entre novembro e janeiro.
Com o início das entrevistas agendado para 1º de dezembro, as comunidades localizadas nas áreas litorâneas e ribeirinhas serão atendidas com prioridade.
Para ter acesso ao Seguro-Defeso, o pescador deve apresentar comprovante de residência, o Registro Geral da Pesca (RGP) atualizado, notas fiscais que comprovem a venda do pescado e a documentação que demonstre a contribuição previdenciária. É exigido, ainda, um relatório que prove o exercício da atividade de pesca mensalmente.
O benefício assegura o pagamento de um salário mínimo por mês por um período que pode se estender por até cinco parcelas, dependendo da duração do período de defeso da espécie.
O requerimento do benefício pode ser efetuado por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital, pelo Portal Emprega Brasil ou presencialmente nas unidades do Ministério do Trabalho e Emprego. Se o sistema identificar que o pescador reside em um município que foi selecionado para as entrevistas presenciais, ele será convocado. Caso contrário, o pedido seguirá diretamente para análise e possível liberação.
Com a inclusão do estado no cronograma nacional a partir de 1º de dezembro, as equipes deverão atender a um volume considerável de pescadores ao longo dos próximos meses, dando atenção especial às regiões costeiras e ribeirinhas onde a pesca artesanal constitui a principal fonte de renda.
Fonte: oimparcial.com.br
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