Com a prótese recém entregue, o beneficiário Francisco de Assis poderá dar os primeiros passos de uma nova fase: abrir seu próprio negócio. Ele perdeu a perna esquerda em um acidente de moto há quatro anos, quando trabalhava como cozinheiro. Desde então, é acompanhado pelo INSS. “Não vejo a hora de chegar em casa e mostrar a prótese ao meu filho, ele vai adorar. Foi ele quem me salvou na época, veio depois do acidente para me dar a paz que eu precisava”, contou Assis, emocionado.
Na última sexta-feira (24), o segurado recebeu do INSS, em Fortaleza (CE), uma prótese ortopédica provisória, confeccionada com acompanhamento da equipe de Reabilitação Profissional da Gerência-Executiva local. O dispositivo representa o trabalho do Instituto em garantir dignidade e reinserção social às pessoas com deficiência.
O processo de concessão de próteses no INSS começa com o acompanhamento do segurado por um servidor da Reabilitação Profissional, que identifica a necessidade do dispositivo para a retomada da atividade laboral. Confirmada essa necessidade, é feita uma prescrição, que é encaminhada à Perícia Médica Federal, responsável por avaliar e regulamentar o pedido conforme as normas vigentes.
Após o parecer médico, o processo segue para o Núcleo de Recursos Materiais da Superintendência Regional Nordeste, que decide sobre o deferimento ou indeferimento da solicitação. Em caso de aprovação, é contratada uma empresa especializada em ortopedia para a confecção da prótese. O beneficiário é chamado para tirar as medidas e, em média, entre 30 e 40 dias depois, recebe a prótese provisória para o período de adaptação — que dura cerca de três meses.
Segundo a terapeuta ocupacional e servidora da Reabilitação Profissional, Débora Vidal, essa fase é essencial para o bom andamento do processo. “Quando é a primeira prótese, o período de adaptação costuma ser de 90 dias ou mais. O encaixe precisa ser ajustado até atingir a estabilidade. Já quando o usuário tem experiência com o uso, o encaixe definitivo pode ser feito logo em seguida”, explicou Vidal.
Em Fortaleza (CE), 14 segurados foram convocados para realizar as medições necessárias para a produção de suas próteses, na quinta-feira (23). Entre eles, Albino Assunção, que trabalhava como motorista antes de perder a perna direita em um acidente. “Por enquanto, estou sendo acompanhado pela Reabilitação e recebendo auxílio do INSS. Essa é a primeira prótese fixa que faço para depois conversarmos sobre minha volta ao mercado de trabalho”, relatou Assunção.
Também participaram da ação segurados que já utilizam próteses e precisavam de manutenção ou substituição. Edivan Abreu, que usa o dispositivo há três anos, compareceu para realizar novos ajustes. “Estou aguardando a data do recebimento e estou bastante satisfeito com o acompanhamento do INSS ao longo desses anos”, afirmou.
Na superintendência regional, a licitação de cada contrato de confecção é centralizada. No estado do Ceará, uma ação civil pública permite a entrega das próteses tanto para segurados que recebem benefício quanto para aposentados. Atualmente, a fila de prescrições no estado está zerada.
Fonte: gov.br
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